Análise do livro "Uma História Sem Fim", de Gombrich
Arquitetura e Urbanismo
Isabela Vieira e Laura Alcántara
Uma análise sobre “Uma História Sem Fim”, de
Gombrich
São João Del Rei
2014
Para a análise crítica da história se faz necessário a abordagem do tema a certa distância no espaço-tempo, pois julgar uma situação estando inserido no contexto a torna subjetiva. Todavia, nada impede a crítica de aparecer já que a reflexão acerca do seu próprio tempo é fundamental, principalmente para quem irá estudá-lo posteriormente.
Assim, na história da arte não é diferente. Na sociedade contemporânea a “aparente liquidez nas relações interpessoais”, conforme Zygmunt Bauman., vão mais além: esse conceito atinge o pensamento crítico do indivíduo, tornando-o fluido, maleável, incapaz de manter a forma, de modo a não se consolidar, pois a seletividade na sua forma crítica é inibida. É como se não houvesse parâmetros, no entanto eles existem. Isso ocorre devido ao fato de que ao longo do tempo muitos artistas que permaneceram no anonimato em sua época, tornaram-se referência, pois o legado deixado permaneceu mesmo perante as críticas e exerceu influência sobre algum outro artista.
De fato, ninguém quer ficar do lado errado da história, por isso o conceito supracitado do sociólogo polonês Zygmunt Bauman é tão conveniente a esse contexto, visto que a adaptabilidade quanto às circunstâncias é mais uma estratégia para não se tornar necessário fazer escolhas, já que essas podem ser equivocadas. E nisso não se permite realizar a finalidade da arte, que é esgotar as possibilidades formais da obra (por outros artistas) como também a intencionalidade do artista no trabalho, sendo que cabe ao observador analisar tais parâmetros e tirar as próprias conclusões.
Nesse sentido, é interessante acrescentar que há temas recorrentes na arte como comprova sua própria história e análise. Como, por exemplo, a história de Sísifo que traz a
“mensagem” de um trabalho árduo e sem