Análise do filme: Clube da Luta - David Fincher (1999)
Clube da luta é um filme que representa o individuo pós-moderno, na sua tentativa de encaixar-se a sociedade em que vive e ser aceito pelos demais através do consumo desenfreado. Nota-se a critica dirigida, durante todo filme, as grandes corporações que nos manipulam, com o argumento de que consumindo preencheremos o vazio que a própria sociedade nos causa.
Jack, o protagonista do filme, é a representação de praticamente todos os indivíduos inseridos no sistema capitalista, sempre procurando em catálogos, novos móveis para a decoração de sua casa, mesmo que isso não seja necessário. A frase citada no filme o descreve perfeitamente “Trabalhamos em empregos que não gostamos, para comprarmos coisas que não precisamos”.
Ele também sofria de insônia, ou seja, mesmo possuindo tudo o que necessitava inconscientemente Jack estava decepcionado com a falta de maiores perspectivas para a sua vida. Sendo assim passa a freqüentar grupos de apoio para sobreviventes de câncer, procurando reconfortar-se convivendo com pessoas ainda mais infelizes.
Após algum tempo, Jack conhece Tyler, e juntos começam o Clube da Luta, no qual os integrantes lutavam entre si para libertarem-se de tudo o que os possuía, ou seja, as mercadorias das quais eram dependentes e para sentirem-se vivos. Mas Tyler é apenas uma criação de Jack, outra personalidade dele mesmo, com autonomia, confiança, autoridade, não se prendia as regras da sociedade era livre, enfim, tudo o que Jack não era, mas almejava ser, percebemos ai outra critica do filme, ou seja, o indivíduo cobiçando ser o que ele não é por falta de coragem para fazer e falar tudo o que gosta e o que pensa. As pessoas anulam-se por falta de audácia em querer mudar a sua realidade.
O filme em si é uma grande critica ao modo de vida pós-moderno, consumismo, alienação, vida regrada, indivíduos obedientes. Uma ótima representação de tudo o que somos e fazemos, colocando as regras sociais à