Análise do filme "Clube da Luta"
Logo no início, o narrador já conta que teve insônia por seis meses seguidos pela falta de perspectiva que tinha, e por consequência dela sua vida era devagar. Tudo era “uma cópia da cópia da cópia”. Nessa parte já podemos notar uma referência ao famoso niilismo de Marshall Berman, que expõe as suas ideias no livro “Tudo que é sólido desmancha no ar: A aventura da modernidade”, e no trecho “a modernidade é constituída por suas máquinas, das quais os homens e mulheres modernos não passam de reproduções mecânicas” isto é bem nítido, já que a imagem o mostra parado com o olhar cansado tirando cópias de papeis na máquina de Xerox. O protagonista começa a frequentar algumas reuniões de grupos voluntários de pessoas que tinham problemas de saúde como câncer, depois de visitar seu médico e ele pedir, ironicamente, para o narrador fazer isto e ver o que realmente era sofrimento. Ele acaba gostando, as pessoas com esses problemas gostavam de saber que havia mais pessoas na mesma situação, e assim dava algum sentido em sua vida. Seu problema de insônia parou, até que conheceu Marla, que também frequentava diversos grupos sendo uma impostora como ele, e sua insônia volta. Analisaremos então alguns trechos deste livro, relacionando-os com algumas partes do filme.
“Por outro lado, à medida que se expande, o público moderno se multiplica em uma multidão de fragmentos, que falam linguagens incomensuravelmente confidenciais; a ideia de modernidade, concebida em inúmeros e fragmentários caminhos, perde muito de sua nitidez, ressonância e profundidade e perde sua capacidade de organizar e dar sentido à vida das pessoas. Em consequência disso, encontramo-nos hoje em meio a uma era moderna que perdeu contato com as raízes de sua própria