Análise - Filme "Clube da luta"
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O filme “O clube da luta” tem embasamento numa doutrina onde o homem é posto na individualização consumista. Mostra a sociedade como uma consequência da massificação e propagação do consumismo, aonde a posse vai além do necessário tornando-se um “status” num grau exibicionista. Trata-se de um personagem numa vida pacata cercada de opressões estereotipadas, numa rotina comumente resumida em trabalhar e consumir. Milhares de americanos pôde se reconhecer nesse quadro pintado de conformismo que Robert retratou, a situação surpresa se dá quando Robert é a mesma pessoa que Tyler, sendo este projetado mentalmente por Robert que já estava numa crise psicológica devido ao massacre da rotina mecanizada, a insônia e o ócio foram os sintomas óbvios expostos durante o filme até que a sua projeção em Tyler serviu de refúgio para suas crises, dado que Tyler era o seu antônimo perfeito que Robert imaginava. A visita a grupos de motivação entre pessoas com enfermidades lhe era terapêutico e o fazia dormir a noite, pois ali havia sinceridade e, sobretudo a prática do ouvir, já que no mundo capitalista o egocentrismo barra as relações humanas recíprocas. As crises de insônia voltam quando Marla Singer se apropria desses espaços onde ele manifestava sua farsa, tal que a presença e a mentira dela refletiram na dele. Fora dos padrões usais e morais, cabelo emaranhado, fumante compulsiva e anti-consumista, Marla vivia desregradamente consumindo apenas o que lhe era útil, não considerava a ética e foi o único elo palpável entre Robert e sua projeção em Tyler. O clube da luta surge como refúgio fundado por Robert e Tyler substituindo os grupos de ajuda, esse clube tinha como característica a exaltação da dor física como símbolo da dor diuturna onde as conquistas são dadas com dor e labuta. Perder é uma honra nessa luta. O clube da luta é um filme que venho dando um soco nas dimensões hiper consumistas, expondo a morbidez de milhares de indivíduos que são industrializados pela mídia e