As finalidades da arte e seus bagulhos
Duas concepções: a pedagógica e a expressiva predominam no correr da história das artes. Essas concepções estão relacionadas às finalidades da atividade artística.
A concepção pedagógica encontra sua primeira formulação em Platão e Aristóteles. Na República, expondo a pedagogia para a criação da cidade perfeita, Platão exclui da pólis os praticantes das artes imitativas.
Aristóteles desenvolve longamente o papel pedagógico das artes, particularmente a tragédia, que tem a função de produzir cartazes, isto é, a purificação espiritual dos espectadores.
A pedagogia artística se efetiva em duas modalidades: a primeira, a arte é o meio para a educação moral da sociedade, na segunda educa a sociedade para passar do natural e do material ao artístico.
Numa outra perspectiva, a arte é concebida como expressão que transforma num fim aquilo que para as outras atividades é um meio. As artes transfiguram a realidade para que tenhamos acesso verdadeiro a ela. Desequilibra o estabelecido, descobre movimentos, sons.
A arte inventa um mundo de cores, formas e volumes, massas, texturas, para nos dar a conhecer nosso próprio mundo.
A função utilitarista
Em Filosofia, o utilitarismo é uma doutrina ética que prescreve a ação (ou inação) de forma a otimizar o bem-estar do conjunto dos seres senescentes. O utilitarismo é então uma forma de consequencialismo, ou seja, ele avalia uma ação (ou regra) unicamente em função de suas consequências.
Na arte utilitarista com a função de promover algo no campo da política podemos citar o movimento chamado Construtivismo Russo. Este pretendia usar uma linguagem universal, uma plástica compreensível a todas as classes e etnias, foi usada a o serviço da Revolução Russa, direcionava-se às massas e orientava-as para sua movimentação.
O utilitarismo, concebido como um critério geral de moralidade, pode e deve ser aplicado tanto às ações individuais quanto às decisões políticas, tanto no domínio econômico quanto nos