Drogas

Em poucos instantes, uma forte sensação de um prazer indescritível que faz todos os problemas desaparecem como mágica. Minutos depois, alucinações, delírios de perseguição, medo, angústia e depressão acompanhados de vômitos, diarreia e contrações musculares involuntárias (principalmente no rosto). Finalmente, uma necessidade incontrolável de repetir o uso da droga para atingir novamente o ápice. Variações bruscas de humor, transtornos de personalidade, paranoias, agitação, agressividade, abandono de trabalho ou estudos e distanciamento da família sem motivo aparente. São algumas mudanças percebidas pela família ou pelos amigos e que podem evidenciar perturbações por uso de drogas.
Segundo a Organização Mundial da Saúde, podemos considerar o abuso de drogas nos dias atuais como uma “doença social epidêmica”, e como tal, apresentando três fatores fundamentais: o Hospedeiro (o jovem), o Agente (a droga), e o Ambiente Favorável ( família, grupo social, grupo profissional, escola, etc).
Do ponto de vista individual, o envolvimento com drogas tem um desenrolar muito rápido. Em pouco tempo a situação se deteriora e pode tornar-se quase irreversível. Ao mesmo tempo que seu uso pelo jovem provoca nele uma quebra ou ruptura da vontade. Torna-se desmotivado. O produto e o sujeito formam um duo inseparável. Sem perspectivas, a vida passa a girar somente em torno da droga, agravando continuadas formas de marginalização: a prostituição, o roubo, a delinquência.
Para a sociedade, é bom saber que o tráfico de drogas é um comércio que traz lucro fabuloso. Provoca uma rápida concentração de riqueza, gerando um poder paralelo. Com a subversão da lógica da economia e do poder, gradativamente, os traficantes vão ampliando seus tentáculos, controlando e dominando o próprio país. Eles criam um Estado dentro do Estado. É natural, pois que o tema droga suscite um fascínio tão intenso. É um tema com imenso potencial mobilizador. A ONU estima que o tráfico movimenta 400 bilhões de