Análise do documentário "Um passaporte Húngaro"
Sandra Kogut narra o filme em primeira pessoa, através do recurso de voz off e sua imagem aparece raríssimas vezes. Mesmo sem a presença física, imagética, durante o documentário, a sua presença, através da narração e decorrer da história, continua muito marcante. O filme além de retratar o trâmite burocrático de conseguir um passaporte húngaro, mostra como o sistema de imigração no Brasil funcionava, ilustrando um pouco do cenário político da época. E também, uma investigação da própria identidade da narradora, mas sempre mantendo o foco no processo.
Além da própria narradora, que é a personagem principal, os familiares também são importantes personagens que ajudam a montar a história da família. Os próprios funcionários da embaixada da Hungria na França e outros funcionários do Arquivo Nacional também são personagens que constroem e fazem parte dessa narrativa. A avó de Sandra, Mathila Lajta, é uma personagem muito importante, ela conta a história sobre o seu processo, e de seu marido, de imigração para o Brasil com detalhes, sendo essencial para a construção da história da família.
O documentário é composto por gravações da Sandra Kogut em suas visitas as embaixadas da Hungria na França, ao Arquivo Nacional no Brasil, além de conversas com parentes, amigos e sua avó e também gravações antigas dos lugares em que seus avós passaram quando estavam vindo para o Brasil e se adaptando a nova terra. Os documentados mostrados e analisados