Sempre há um questionamento do porque. Porque? Aliás, o mundo não iria pra frente sem a formulação de milhares de perguntas, perguntas muitas vezes sem respostas, mas que no final, têm uma grande importância. Na mesma importância vem os primeiros amores, aqueles que as pessoas nunca esquecem, mesmo quando se sente algo assim muito jovem. Será que se pode chamar de "amor" o que sentimos quando vemos aquela pessoa que consideremos perfeita? Não há mais nada verdadeiro do que o seu primeiro amor, mas também nada mais complicado. Um olhar, e seu dia já fica mais feliz. Agora, se não há uma demonstração de afeto do outro lado, mínima que seja, já é a pior coisa do mundo. Seria clichê dizer que o frio na barriga, as pernas bambas, o suor frio fazem parta da primeira paixão. Pois há muito mais coisas envolvidas nesse sentimento, do que apenas meros desequilibrios físicos, causados a maioria das vezes por apenas um sorriso do seu amado. E quando não são direcionados a ti, tais sorrisos, tais gestos, a primeira coisa que se vêm na cabeça é a inveja de não ter sido pra ti, junto com a total perda de humor e a criação de uma cachoeira de lágrimas, tão jovens quanto tu mesmo. Porém, chorar por amor nunca é bom, talvez seja em momentos mais obscuros e difíceis, mas por apenas uma paixonite adolescente não vale a pena. Quem disse que não? Talvez essa mera paixão, seja o motivo, ou um dos de tu ser uma pessoa melhor no futuro. A tragédia de não ser correspondido no seu primeiro amor, é maior do que, nessa idade, tu não ganhar o mimo dos seus pais todo o santo dia. Cria monstros, e como nas histórias, monstros são dificílimos de serem derrotados, maturidade pode até ser o maior contribuinte para que nós vejamos se realmente valeu a pena mudar por um amor não correspondido. Não podemos obrigar as pessoas a nada, mas será que se tivessemos esse poder, não faríamos isso? O amor é complicado, porém, as perguntas são mais.