Análise do discurso crítica e tradução
- abordagem da Teoria da Enunciação, mais especificamente no arsenal teórico de Patrick Charaudeau et de Catherine Kerbrat-Orecchionni. Mostramos que mesmo quando a subjetividade do enunciador termos de ordem sintática deixam entrever o enunciador de forma implícita. Em face do “contrato de fidelidade”proposto no trabalho da Tradução e este trabalho tem também como propósito dialogar com os teóricos da Tradução (comparar Venuti/Schleimacher com as correntes pós-estruturalistas presentes na análise proposta por Freud e Lacan). Busca-se aqui uma revisão bibliográfica sobre a temática de que o tradutor, ao buscar ser fiel ao original, não deixa de marcar no texto sua subjetividade enquanto enunciador.
“Um tradutor, na seriedade de seu trabalho, traz a voz estrangeira: sua cultura, suas informações, seus costumes. Quantos leitores tiveram ou ainda terão a oportunidade ou as condições possíveis de ler um texto em grego ou russo no seu original? Para Lefevere, o leitor do mundo cotidiano atual “não é exposto à literatura como ela foi escrita, mas como ela foi reescrita (...) por leitores profissionais”, em resumos, antologias, versões simplificadas, histórias literárias, etc (LEFEVERE apud VIEIRA, 1996, p. 147-8). Em certa medida, analisar as marcas subjetivas presentes num texto traduzido permite que olhemos com mais cuidado e mais zelo o trabalho de um tradutor. A tradução, Lefevere argumenta, é a principal forma de reescrita (VIEIRA, 1996, p. 144).” (p.1 XI Congresso Internacional da ABRALIC Tessituras, Interações, Convergências 13 a 17 de julho de 2008 USP – São Paulo, Brasil A subjetividade do tradutor à luz da Análise do Discurso francesa e da psicanálise Profa Ms. Mayra Barbosa Guedes1 (UFJF)