Estruturalismo
4
ESTRUTURALISMO e Tzvetan Todorov entre seus principais representantes, empenhando-se na criação de uma poética preocupada em construir um modelo arquetípico que desse conta de todas as narrativas existentes
Série destaca as principais tendências da crítica literária
“Fortuna Crítica” é uma série de seis artigos de Ivan Teixeira sobre as principais correntes da crítica literária. O primeiro, publicado no número 12 da CULT (julho), abordou a retórica de Aristóteles e Quintiliano; o segundo texto (agosto) foi sobre o formalismo russo; o terceiro (setembro) estudou o new criticism. O presente ensaio é sobre o estruturalismo. Nas próximas edições, serão analisados o desconstrutivismo e o new historicism. Ivan Teixeira é professor do Departamento de Jornalismo e Editoração da ECA-USP, co-autor do material didático do Anglo Vestibulares de São Paulo (onde lecionou literatura brasileira durante mais de 20 anos) e autor de Apresentação de Machado de Assis (Martins Fontes) e Mecenato pombalino e poesia neoclássica (a sair pela Edusp). Tem-se dedicado a edições comentadas de clássicos – entre eles, as Obras poéticas de Basílio da Gama (Edusp) e Poesias de Olavo Bilac (Martins Fontes) – e dirige a coleção “Clássicos para o vestibular”, da Ateliê Editorial.
34 CULT - outubro/98 Fotos/Reprodução
A crítica estrutural teve Roland Barthes
O crítico francês Roland Barthes
O estruturalismo representou a maior revolução metodológica nas ciências humanas nos últimos cinqüenta anos, sendo certo que hoje se encontra em relativo descrédito, embora algumas de suas postulações se tenham incorporado definitivamente ao próprio modo de ser do pensamento contemporâneo. Nenhum intérprete das humanidades pensará de forma adequada, caso não incorpore os pressupostos estruturalistas, ainda que apenas para os negar. Todavia, a teoria estrutural apresenta uma espécie de paradoxo relativamente à evolução dos métodos de crítica literária no