Fichamento
Teorias e técnicas de Tradução II
REFERÊNCIA: PAGURA, REINALDO JOSÉ. A TEORIA INTERPRETATIVA DA TRADUÇÃO (THÉORIE DU SENS) REVISITADA: UM NOVO OLHAR SOBRE A DESVERBALIZAÇÃO.
O surgimento da teoria
“A Teoria Interpretativa da Tradução (TIT), também conhecida como Théorie du Sens [Teoria do Sentido], surgiu a partir da prática em interpretação de conferências [...].A noção de desverbalização, que é um dos pontos centrais da Teoria do Sentido, apareceu formalizada pela primeira vez em 1968, quando Seleskovitch publicou sua primeira obra [...]” (p. 94).
“É preciso deixar bem claro que toda a reflexão teórica de Seleskovitch se dá a partir dos processos observados na interpretação de conferências (ou tradução oral), especificamente na interpretação consecutiva tradicional, em que o intérprete escuta longos trechos de um discurso ou todo o discurso, para só depois traduzi-lo oralmente [...]” (p. 94).
“[...] LEDERER (1998) diz textualmente que “a desverbalização é um fenômeno natural na tradução oral, pelo menos na interpretação consecutiva. (...) Claramente visível na interpretação, a desverbalização é mais difícil de ser observada na tradução escrita”[...]” (P.95).
A desverbalização e a transcodificação
“A desverbalização [...] Resulta da associação do significado linguístico das palavras com conhecimentos não-verbais anteriores (“conhecimento enciclopédico”) e com o “contexto de situação”, que é o conhecimento da situação em que o intérprete se encontra, envolvendo informações tais como o tema da conferência, quem são os oradores, qual a posição de cada um em relação a um determinado tópico etc (LEDERER 1978, 1990)” (P.96).
“O processo interpretativo é resumido por SELESKOVITCH (1978) do seguinte modo:
1. Percepção auditiva de um enunciado linguístico que é portador de significado. Apreensão da língua e compreensão da mensagem por meio de um processo de análise e exegese;
2. Abandono imediato e