Análise do conceito de justiça
Antes de abordar o surgimento e a definição do conceito de Justiça na Grécia no final do século VI, através dos 03 filósofos da antiguidade (Sócrates, Platão e Aristóteles), torna se necessário contextualizar o momento da sociedade grega.
O contexto da sociedade grega no qual estão inseridos os filósofos é um período marcado pela desagregação interna das polis, onde impera a demagogia, marcada por uma crise de ordem moral e é neste cenário que os esforços intelectuais desses filósofos devem ser entendidos.
Sócrates que foi o mestre de Platão e que não deixou nada escrito preconizava que “A justiça deve ser o bem de todos e não o bem do mais esperto e injusto ou do mais forte”. Para Sócrates o homem teria uma Alma racional, que agiria conforme a razão aonde era ressaltado a ética (normas de cada polis - sociedade) e os costumes morais para cada um .
Platão define de maneira mais ampla o que seria justiça, a partir do conceito de Sócrates, ele estabelece a diferença entre corpo e alma, sendo o corpo a sede de desejos e da cólera, enquanto a alma teria a necessidade da harmonia, uma vez integradas são necessárias para se alcançar o bem comum. Ressalta que o homem não consegue por si só caminhar para uma igualdade, necessita da sociedade polis, para se caracterizar como bom e também um bom cidadão.
Este conceito nos leva a pensar que, o homem tem a necessidade de viver em sociedade, e é essa sociedade que vai ditar os costumes e a moral o que o levará a agir de acordo com o que é apresentado para ele. Se ocorrer da pessoa ir por um caminho contrário, ou seja, o caminho de um ato fora dos costumes morais e éticos, significa que ela não apresenta uma estrutura de conhecimento e de educação para o bom convívio em uma sociedade.
Aristóteles, seguidor de Platão, desenvolveu uma reflexão ética, racionalista, mais voltada para a Razão.
Procurou construir uma ética mais