Análise de Dados

3 ANÁLISE DE DADOS
3.1 Histórico da Síndrome de Down
Neste item, serão abordadas questões relativas ao histórico da síndrome de Down, seu surgimento, descoberta, primeira vez que o termo foi utilizado, o porquê do uso da palavra mongoloide ter sido banida, não sendo mais admitida como forma de tratamento para os portadores da síndrome.
Muitos se perguntam se a síndrome de Down esteve presente na humanidade desde os primórdios da civilização ou se esta condição surgiu apenas em tempos recentes. Segundo Pueschel (1993), o registro antropológico mais antigo da síndrome de Down deriva das escavações de um crânio saxônico, datado do século VII, apresentando modificações estruturais vistas com frequência em crianças portadoras dessa síndrome. Embora não haja resposta definitiva a essa pergunta, no decorrer da história biológica e da evolução da humanidade, ocorreram numerosas mutações de genes e modificações cromossômicas. Assim, muitas doenças genéticas e desordens cromossômicas conhecidas, inclusive a síndrome de Down têm registros antigos na história do homem, sendo os primeiros trabalhos científicos datados do século XIX.
De acordo com Schwartzman (2003), a primeira descrição de uma criança, que se presume tinha síndrome de Down, foi fornecida por Jean Esquirol em 1838. Logo a seguir, em 1846, Edouard Seguin descreveu um paciente com feições que sugeriam a síndrome de Down, denominando a condição de “idiotia furfurácea”. Em 1866, Duncan registrou uma menina com uma cabeça pequena e redonda, olhos parecidos com os chineses, projetando uma grande língua e que só conhecia algumas palavras.
Entretanto, o reconhecimento dessa síndrome como uma manifestação clínica só ocorreu com o trabalho de Langdon Down, em 1866, influenciado pelos conceitos evolucionistas da época. Em seu trabalho, Langdon afirmava a existência de raças superiores a outras, sendo a deficiência mental uma característica das raças inferiores. Ele fez a descrição de alguns traços característicos