Antropologia
Título Geral: Arqueologia da violência
Título Específico: Do etnocídio
Referência:
CLATRES, Pierre. Arqueologia da violência: pesquisas de antropologia política. Editora Cosac & Naify, 2004.
(p.55-56) Para Pierre Clastres, o etnocídio e o genocídio são como duas formas perversas do pessimismo e do otimismo. Pois ambos cometem uma certa criminalidade, tanto o etnocídio com a destruição da cultura, quanto o genocídio com a exterminação da minoria racial. “Em suma, o genocídio assassina os povos em seu corpo, o etnocídio os mata em seu espírito”. (CLASTRES, 1980 p.56)
(p.58) O etnocentrismo é a julgar a diferença pelo padrão da sua própria cultura. Pois acreditam que sua cultura e seu modo de viver é melhor que a do outro. A maioria da sociedade tem um pensamento etnocêntrico, pois julgam antes de conhecer o outro.
(p.59) “É aceito que o etnocídio é a supressão das diferenças culturas julgadas a inferiores e más” (CLASTRES, 1980 p.59) .Pois não conseguem conviver com a diferença.
(p.61-62) “Toda organização estatal é etnocida, o etnocídio é o modo normal de existência do Estado” (CLASTRES, 1980 p.61).Ou seja, o Estado se empoe a ele, e a sociedade acaba aceitando a prática.
O Estado acaba abolindo a diferença quando ela se torna oposição, e acaba a partir do momento que ele não corra mais nenhum risco.
Os índios tinham duas opções, ceder a exploração, ou ir contra os exploradores, cedendo aconteceria o ato etnocída, e e indo contra, aconteceria o extermínio, onde tinham a opção de produzir ou morrer.
(p.63) “A mudança se cumprirá até o fim, só acabará quando não houver absolutamente mais nada para mudar” (CLASTRES, 1980 p.63). Essa mudança ocorre a todo instante, algumas vezes para melhor, e outras para pior, e realmente só irá parar de mudar quando o mundo chegar ao fim, sem nada, nem ninguém para mudar.
Comentários:
Podemos tirar como proveito, compararmos as praticas usadas nos textos de Manuela