antropologia
O título, em si, tem um certo peso, dadas as palavras que o compõem, “Arquitetura”, “Natureza” e “Amor”, três palavras distintas que, juntas, se reforçam ainda mais, dando um peso extra ao que sentimos em relação sobre cada uma isoladamente. Há uma linha ténue entre a união das três palavras que desperta o interesse no texto logo de início.
O autor começa por dizer que toda a Natureza é possível de ser medida e que a cultura é a parte desta que já foi medida, “Medir é colocar ordem no confuso…”, a Natureza é o confuso, o homem tem medo do confuso, logo, sendo a cultura a natureza já medida, foi-lhe retirado todo o medo. A cidade é o que faz a Natureza desaparecer, ou cria essa ilusão. Ou seja, não podemos o que é dito é que a Natureza é algo sobre o qual não podemos ter controlo, no entanto, através da cultura e da cidade, conseguimos criar uma certa ilusão do seu desaparecimento, pois sobre a cidade nós conseguimos ter controlo, é dado o contraste entre um vaso de flores e uma floresta, a floresta é um espaço imenso onde nos podemos perder, não temos o controlo, ao contrário que, sobre o vaso, nós temos o controlo absoluto, “podemos rodear o vaso”.
A imagem colocada no texto é, por si, bastante interessante, pois, em mim, sugeriu uma tentativa de controlo sobre a Natureza, uma ilusão de controlo, lembrando-me um grande vaso, algo que o homem consegue digerir, no entanto, a árvore sobressairá sempre, foi criada apenas uma mera ilusão de desaparecimento.
Adiante, o autor fala da arquitetura como um número belo, pois esta é um medir não apenas quantitativo, mas qualitativo. O Homem infiltra-se na Natureza, tentando dominá-la através da ordem do número. A Natureza também se infiltra no homem pelo instinto, “o animalesco infiltrado no humano”. O homem é referido como um animal que não se esquece que é