Antropologia
CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS, LETRAS E ARTES
DEPARTAMENTO DE FUNDAMENTOS DA EDUCAÇÃO
CURSO: PEDAGOGIA – MODALIDADE DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
DISCIPLINA: Antropologia, Cultura e Educação
PROFESSORES: Henrique Manoel da Silva, José Aparecido Celorio e Marcos Pereira Coelho
ACADÊMICO (A): Inele Depizzol Batista R. A. 66358 TURMA: B
Aspectos religiosos presentes no candomblé e na tradição judaico-cristã às práticas alimentares
O ato humano de comer envolve duas funções distintas: a nutricional e a simbólica. A primeira diz respeito à ingestão de alimentos para a satisfação de necessidades básicas para a sobrevivência. A segunda é fruto de construções culturais que determinam o que é comestível em cada sociedade. A função nutricional da alimentação é igual para todos os seres vivos, já a função simbólica é exclusivamente do ser humano, pois de todos os animais ele é o único que possui a faculdade de simbolizar. Em termos antropológicos, alimento e comida são coisas diferentes. O alimento contempla só a função nutricional, ao passo que a comida envolve os aspectos nutricionais e simbólicos. Segundo Roberto Da Mata (1987, p.22), “(...) toda substância nutritiva é alimento, mas nem todo alimento é comida”. Além de a substância alimentar, comida significa também o modo de se alimentar, pois ele define as pessoas que a ingerem. Os hábitos alimentares são determinados também por práticas religiosas, na maioria das religiões o ato de comer (ou de não comer) está ligada a sua prática. Muitos alimentos são fontes de restrições, na maioria das vezes determinadas pela esfera religiosa: os judeus ortodoxos não podem misturar carne com leite (TOPEL, 2003); os cristãos não podem comer carne vermelha na Sexta-feira Santa. Os alimentos são o centro dos rituais na maioria das religiões e na magia, como, por exemplo, os ritos cristãos da ultima ceia, da sagrada comunhão e do partir do pão. Os alimentos são empregados