Antropologia
O ato de comer do ser humano é envolto por duas funções: a nutricional e a simbólica. A primeira que é a necessidade do homem de sobrevivência para manter-se saudável; a segunda é gerada por construções culturais que acabam por determinar o que cada sociedade deve comer. Além de outras influências como, por exemplo: religião, mitos, experiências adquiridas, razões econômicas, educação, saúde, hábitos de trabalho e lazer, competição, etc. Utilizando a religião para contextualizar o ato de comer simbólico do ser humano em diferentes religiões. No Candomblé dividir a comida com os deuses, é ter hora para comer com eles, garantindo dessa forma a presença dos Orixás na vida e nas refeições. Deve-se ter cuidado ao preparar as oferendas, pois existe alguns tabus entre os deuses. Cada filho de Orixá deve atentar a isso e sendo parte do Orixá também não poderá consumi-las. A palavra Quaresma vem do latim quadragésima e é utilizada para designar o período de quarenta dias que antecedem a festa ápice do cristianismo: a ressurreição de Jesus Cristo, comemorada no famoso Domingo de Páscoa. Portanto os católicos não tem o costume de comer carne na quaresma simbolizando o jejum durante quarenta dias que Jesus passou no deserto sem comer. A igreja aconselha a não comer carne vermelha como gesto de conversão. Essa abstinência proíbe o consumo de carnes e aves, a carne de peixe é liberada, assim como os derivados de animais (ovos, leite, ou condimentos feitos de gordura animal). Portanto comer peixe no lugar de carne, mais do que um valor material, esta “troca” tem um profundo significado simbólico da fé. O jejum é