Antropologia

1082 palavras 5 páginas
EUGENIO, Fernanda. De como olhar onde não se vê – ser antropóloga e ser tia em uma escola especializada para crianças cegas. In: VELHO, G. e KUSCHNIR, K. (orgs.). Pesquisas urbanas – desafios do trabalho antropológico. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2003, p. 208-221.

FERNANDA EUGENIO é doutoranda de antropologia social no Museu Nacional – UFRJ e pesquisadora do Centro de Estudos Sociais e Aplicados da Universidade Candido Mendes.

O artigo mostra a experiência da antropóloga que realizou uma pesquisa de campo em uma escola especializada em alfabetização com crianças cegas.
Ela relata que sua entrada foi um pouco difícil, devido o campo não ser muito abordado pelos antropólogos. O modo como às pessoas veem os cegos é muito diferente quando se esta junto a eles. Ela ser a única no meio que enxergava tornava um pouco desconfortante para ela por não ser vista pelas outras pessoas.
Ela entra como observadora, mas acaba passando ser mais do que isso, ela se torna um auxilio as professoras que não podiam ver, ela passa ser uma voluntaria dentro da instituição. Ela se torna os olhos das crianças e dos professores, auxilia as crianças nas suas atividades e na vigilância da sala.
Dentro da instituição cada criança tinha sua grade curricular, as turmas eram compostas por alunos de idades e níveis diferentes. Dentro da sala de aprendizado a professora na hora de corrigir ou explicar dava a atenção única aos alunos, era neste momento em que a professora pedia auxilio a autora, porque no momento em que ela estava dando a atenção a um aluno a classe se sentiam ociosas e agitadas, era quando se instalava a bagunça. A autora colocava certa “ordem” sobre eles. Por eles não a verem ela era respeitada, pelo seu tom de voz e sua disciplina era colocada sobre eles.
Por enxerga as professoras a eximiu as responsabilidades de colocar o que estava fora do lugar em ordem, ajeitar a sala de aprendizados, limpar o que era sujo. E não era aceito caso ela deixa-se de cumprir

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