antropologia

534 palavras 3 páginas
INTRODUÇÃO

Em meados da década de 50, o Brasil tinha como característica a produção de bens de consumo tendo necessidade de implantar indústrias de bens intermediários e de bens de capital. No contexto interno, o Brasil vivia um período de efervescência política e social. Os movimentos sociais estavam ganhando espaço no cenário político, esses movimentos eram as greves, articulações no campo e na cidade, com a presença dos movimentos estudantil e sindical extremamente ativo (RODRIGUES, 2006).

Nesse período de grandes manifestações populares, Carolina Maria de Jesus resolve escrever o livro “Quarto de Despejo”, nele pudemos perceber a sensibilidade, e a inteligência de uma mulher negra, pobre, favelada e marginalizada, que contraria o sistema familiar pré-estabelecido como normal naquele período. Sendo mãe solteira, com seus 03 filhos de pais diferentes, que passou sua vida pelas ruas de São Paulo, na favela do Canindé catando papeis e ferros, pra alimentar seus filhos e a ela própria, ela nos mostra a dura realidade diária de suas vidas, escrevendo um Diário, onde nos mostra a miséria, o racismo a promiscuidade, a fome, da luta pela igualdade entre os sexos a dificuldade de convivência entre seus vizinhos, a solidariedade que não existia entre eles.

“...Vou escrever um livro referente a favela. Hei de citar tudo que aqui se passa. E tudo que vocês me fazem. Eu quero escrever o livro, e vocês com estas cenas desagradáveis me fornece os argumentos.” . (JESUS, 1960, p. 14)

Ela se revolta com toda razão contra o serviço social, pois o que era prometido não era cumprido, o drama do pobre era muito grande, e o tratamento dado a eles era com ironia.

... Em junho eu fiquei doente e percorri as sedes do serviço social. Devido eu carregar muito ferro fiquei com dor nos rins. Para não ver os meus filhos passar fome fui pedir auxilio ao propalado serviço social. Foi lá que eu vi lagrimas deslizar dos olhos dos pobres. Como é pungente

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