Antropologia
A Identificação no Confronto Com os Brancos 1. Casamento Misto; 2. Índios de Reserva; 3. O Fenômeno do Caboclismo; 4. Discriminação; 5. Identidade Negativa; 6. Consciência Racial.
Podemos observar quando se fala neste aspecto da formação de uma identificação individual quanto coletiva envolve vários fatores neste processo como: a herança herdada dos pais; a cultura; o meio geográfico em que se vive; o confronto de contraste no que “é” e no que poderá a “ser”; a influência externa do homem branco em sua ideologia. Sendo assim este contato entre o “indígena” e o “branco” não seria diferente. Só que este contato se dar em uma relação bipolar, ou seja, de dominador para dominado, e com certeza as perdas para quem é dominado sempre é muito grande. Trazendo consequências a médio e a longo prazo por gerações. “Mas o ponto que desejamos fixar aqui é que a natureza das relações entre brancos e índios é de dominação e sujeição. Sendo consistente com certo tipo de colonialismo interno...” (R, Cardoso de Oliveira, 1960). Alguns problemas surgem em meio a este contato quando se dar o casamento do índio com o “branco”, em perdas de direitos como da terra e da “proteção” aos filhos frutos desse relacionamento “misturado”. Por não ter uma identificação étnica definida ou aceita pela tribo que um faz parte.
“A permanência contínua em situações de discriminações desperta desde cedo uma consciência negativa de si ou, em termos de Erikson, uma “identidade negativa” que se prolongará na juventude e maturidade, raramente transformável numa identidade positiva capaz de auxiliar o indivíduo ou o grupo a enfrentar situações críticas”.