Antropologia
- A gênese da reflexão antropológica é contemporânea à descoberta do Novo Mundo. O Renascimento explora espaços até então desconhecidos e começa a elaborar discursos sobre os habitantes que povoa aqueles espaços. O critério essencial para saber se convém atribuir-lhes um estatuto humano é, nessa época, religioso: O selvagem tem uma alma?
- Las casas: Esses povos igualavam ou até superavam muitas noções do mundo conhecidas como policiadas e razoáveis, e não eram inferiores a nenhuma delas. Assim, igualavam-se aos gregos e os romanos, e até, em alguns de seus costumes, os superavam.
Sepulvera: Superam os outros em prudência e razão, mesmo que não sejam superiores em força física, são por natureza, os senhores; ao contrário, porém, os preguiçosos , os espíritos lentos, mesmo que tenham as forças físicas para cumprir todas as tarefas necessárias, são por natureza servos.
- Renascimento, os séculos XVII e XVIII falavam de naturais ou de selvagens (isto é, seres da floresta), opondo assim a animalidade à humanidade. O termo primitivos é que truinfará no século XIX, enquanto optamos preferencialmente na época atual pelo de subdesenvolvimentos.
- De Pauw dizia:“Temperamento tão úmido quanto ao ar e a terra onde vegetam”. Os indígenas americanos vivem em um “estado de embrutecimento” geral. Tão degenerados uns quantos os outros, seria em vão procurar entre eles variedade distintas daquilo que se parecia com uma cultura e com uma história.
-Hegel:Tudo na África, é nitidamente visto sob o signo da falta absolta: os “ negros” não respeitam nada, nem mesmo eles próprios, já que comem carne humana e fazerm comercio da “carne” de seus próximos. Vivendo em uma ferocidade bestial inconsciente de si mesma, em uma selvageria em estado bruto, eles não têm moral, nem instituições sociais, religião ou Estado.