Antropologia e Genero
FACULDADE DE FILOSOFIA, LETRAS E CIÊNCIAS HUMANAS
LAURA VAN DAM
MAÍRA YASSUMI NAKAZONE DE MELLO
MARCELA PEREIRA PEDRO
PEDRO HENRIQUE OLIVEIRA REIS TEIXEIRA
MULHERES, POLÍTICA E PARTIDOS:
A TRAJETÓRIA ATÉ A ALESP Trabalho apresentado como exigência para a conclusão da disciplina de Antropologia e
Gênero, ministrada pela Profª. Drª. Heloísa
Buarque de Almeida, no curso de graduação em Ciências Sociais (noturno).
São Paulo, SP
Junho de 2015
Introdução
Nas eleições de 2014 foram eleitas dez deputadas num total de noventa e quatro cargos que compõe a Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp). Isso significa uma representação feminina de 10,6%, próxima à média de 10% por Estado. Essa porcentagem é ligeiramente maior que a da Câmara dos Deputados (9,9%), que coloca o Brasil na 115ª colocação do ranking da União Interparlamentar, de um total de 140 posições1. As baixas taxas de representação feminina na política brasileira não tem mudado muito em relação aos governos anteriores, o que é surpreendente, considerando que desde 1997 existem quotas de gênero determinadas pela legislação eleitoral para minimizar a desigualdade2.
A participação de mulheres nos campos de tomada de decisão na política é importante para atingir metas de igualdade de gênero na sociedade. Além do fato de que a situação democrática atual mostra uma representação distorcida da sociedade posto que mais da metade da população nacional é mulher , a subrepresentação de mulheres em posições de liderança pode ter consequências para questões como os direitos das mulheres. De fato, na sua tese sobre os tribunais eleitoras e a desigualdade de gênero no parlamento, Luciana de Oliveira Ramos cita vários estudos que