Antropologia saude e doença

O texto apresenta conceitos importantes de Antropologia Médica no qual a autora é alicerçada em pesquisa de campo, realizada no município de Lomba do Pinheiro, Porto Alegre e nas postulações de diversos estudiosos, para buscar entendimento de como diferentes grupos sociais entendem as causas relacionadas à saúde e à doença.

Segundo Jacqueline o corpo é reflexo da sociedade a qual o organismo está atuando, como se fosse o espaço onde estariam os sentimentos, discursos, pensamentos e o entendimento das coisas e daquilo que o mundo lhe representa. Assim sendo, o corpo pode indicar se o organismo correspondente está doente ou saudável.

Se pensarmos seguindo essas correntes, vamos começar a entender as doenças como sendo processos decorrentes de uma série de fatores com significados determinados e não como manifestações obtidas ao acaso.

É assim que vai se moldando o conceito de “Corpo Signico”; Alguns autores como Barthes definem esse “Corpo Sígnico” como o continente de mensagens que têm como função comunicar significados que a doença expressa, e dentro dos estudos propostos, são os “sintomas”que protagonizam essas manifestações.

O estudo desses sintomas e sinais que o corpo apresenta é conhecido como “Semiologia Médica”. Assim, pode-se estabelecer a busca da compreensão entre o corpo doente e a relação deste corpo com o ambiente social ao qual está inserido.

Importante ressaltar a definição de Romeiro sobre “sintoma” e “sinal”, sendo, respectivamente, a sensação referida pelo doente e a manifestação objetiva da doença.
Sendo um complementar ao outro, sabemos que a compreensão desses dois aspectos é de suma e igual importância. Focault é citado por destacar o sintoma como objeto a ser analisado, além dos limites patológicos, através dos estudos pelo olfato, escuta e olhar dos sinais apresentados. Para o estudioso Focault a medicina é uma ciência do olhar que se desdobra com o advento da Anatomia Patológica e assim, o médico pode obter melhores