Antropologia e a medicina veterinaria
A relação médico-paciente por muitas vezes por muitas vezes está sujeita, apenas a um olhar clinico e biológico do profissional para o paciente e a doença, rejeitando e por vezes desconsiderando outros aspectos que são inerentes ao paciente, como aspectos sociais, culturais, econômicos, socioculturais. Essa limitação muitas vezes presentes na medicina humana, não deixa de estar presente em medicina veterinária, levando o profissional, a ter um olhar menos minucioso ao proprietário do paciente, não dando atenção, aos aspectos que o circundam, como a cultura do proprietário, religião, crenças dentre outros fatores que podem contribuir para o bom andamento do tratamento. Em cada cultura, a doença, a resposta a ela, os indivíduos que a experienciam, os que se ocupam em tratá-la e as instituições envolvidas estão interconectados mediante esse sistema, que também contempla, entre outros elementos, as crenças sobre a origem das doenças, as formas de busca e avaliação do tratamento, os papéis desempenhados e as relações de poder entre todos os envolvidos (Calnan,1988; Foucault, 1979; Boltanski, 1984). Deste modo, um profissional que olha somente sobre a ótica cientifica para seus pacientes discriminando, todo o caráter antropológico do mesmo, não está caminhando para o sucesso.
Sabendo que a antropologia é o estudo do ser humano em sua totalidade, incluindo e abordando assim todas as suas dimensões, buscando detalhar o quanto possível, relações, culturas, crenças, religiões, etc.
A antropologia medica então, é a aplicação da antropologia ao estudo do ser humano para obter resultados através de pesquisas e comprovações cientificas de um certo tratamento, estudando assim, patologias e sistemas terapêuticos. Sendo assim, a antropologia da saúde considera atuações de crenças, relacionando saúde, tratamento e cura através da religiosidade popular e crenças. Assim entende-se que a diferença entre antropologia medica e antropologia da saúde se dá em relação as