Antropologia Criminal sob a ótica de Cesare Lombroso
Cesare Lombroso, médico italiano, foi o criador da teoria da antropologia criminal. O ponto alto da sua teoria era a propensão para cometer atos. Com espeque na antropologia criminal, Lombroso se preocupava em estudar o homem natural, patologicamente e biologicamente. Os criminosos, para ele, têm um comportamento semelhante à de um macaco normal, ou um selvagem normal, mas a conduta do mesmo é avaliada pela sociedade como ato ilícito.
O mais que mais se destaca em sua teoria é que ele defende que os criminosos natos são determinados, pois apresentam caracteres (estigmas) que se traduzem em sinais anatômicos e os físicos são os mais determinantes.
Assim sendo, o crime passa a ser então um fenômeno natural que é determinado por razões biológicas, pois o criminoso já nasce com caracteres predispostos. O estudioso chegou a essa conclusão após analisar o crânio de 383 criminosos mortos e 3.839 vivos. Cesare afirma em sua teoria que os criminosos têm um comportamento propenso a cometer crimes, pois integram um grupo inferior.
Lombroso incorporava a seu sistema aqueles ideais que porventura o conflitasse, como por exemplo, a epilepsia, que era um sinal de degeneração moral, causando extrema angústia nestes enfermos.
Em se tratando de crianças, até certa fase de vida elas manifestam as tendências para ser criminoso.
Lombroso ainda caracterizava os criminosos pelos seguintes estigmas (caracteres) apresentados por Gould no capítulo Medindo Corpos: maior espessura do crânio, braços relativamente longos, simplicidade das estruturas cranianas, mandíbulas grandes, proeminência da face sobre o crânio, rugas precoces, testa baixa e estreita, orelhas grandes. Além destas características, citam-se os traços determinados pelo convívio social, como a linguagem (presença da figura de estilística onomatopéia) e o uso da tatuagem. Vale ressaltar que, Lombroso radicalizou nos seus estudos afirmando que os indivíduos