A Politica - Livro I - resumo
família (casa) < aldeia < pólis mas a pólis não é uma mera extensão da família: o governante, o senhor de escravos e o senhor de uma casa diferem em suas funções, não só pela quantidade de subordinados, mas também pela QUALIDADE funções: na família = garantir a reprodução e subsistência (NECESSIDADE NATURAL) na aldeia = garantir defesa, proteção e algum mecanismo de justiça (não é mais apenas uma necessidade natural na pólis = garantir a boa vida, viver bem
NATURALISMO POLÍTICO:
TESES:
1. A pólis é um produto natural: a cidade é o fim das comunidades e ”a natureza de uma coisa é o seu fim, já que, sempre que o PROCESSO DE GÊNESE de uma coisa se encontre completo, é a isso que chamamos de natureza”; “a causa final, o fim de uma coisa, é o seu melhor bem, e a autossuficiência é, simultaneamente, um fim e o melhor dos bens.”.
2. O homem é um animal político: o homem é destinado a viver na pólis. Razão = a fala (é o que o diferencia dos demais animais gregários). Só através do discurso o homem consegue “tornar claro o útil e o prejudicial e, por conseguinte, o justo e o injusto”. Ele é, então, capaz de EXPRESSAR JUÍZOS MORAIS.
3. A pólis é anterior a cada uma das comunidades menores e a cada um de nós: “o todo é, necessariamente, anterior à parte”. A pólis é um SISTEMA ORGÂNICO. Sua phýsis não é uma necessidade, mas sim REGULARIDADE. A natureza não é necessária é contingente. Para que um processo natural se complete, a intervenção humana é necessária.
MATÉRIA DA PÓLIS: escravo = componente elementar da célula básica (casa). A relação senhor e escravo satisfaz necessidades diárias do senhor (natureza de mandar) e do escravo (natureza de obedecer). Isso permite que haja segurança para ambos. escravidão = é um pressuposto sistêmico da pólis, pois a vida política se faz da desigualdade. a vida é ação, não produção: o escravo é um instrumento de ação, por isso é necessário. mulher = é cidadã no sentido passivo: transmite