Andre Comte, a justiçã resumo.
O justo será aquele que não viola nem a lei e nem os interesses legítimos de outra pessoa, e também não viola nem o direito (em geral), nem os direitos (particulares). Em suma, justo é aquele que fica só com sua parte dos bens e com toda a sua parte dos males. A justiça se situa nesse duplo respeito à "legalidade" (leis estabelecidas), e a "igualdade" entre os indivíduos.
O justo é o que é conforme à lei e o que respeita a igualdade. O injusto é o que é contrário à lei e falta com a igualdade.
A justiça é o que é estabelecido, assim todas as nossas leis estabelecidas serão necessariamente consideradas justas sem ser examinadas, pois são estabelecidas.
O fato da lei (a legalidade- leis), importa mais que seu valor (sua legitimidade, seu valor). É a autoridade, não a verdade que faz a lei.
A justiça, lemos em Platão, é o que reserva a cada um sua parte, seu lugar, sua função, preservando assim a harmonia hierarquizada do conjunto. Seria justo dar a todos as mesmas coisas, quando eles não têm nem as mesmas necessidades nem os mesmos méritos?
Exigir de todos as mesmas coisas, quando eles não têm nem as mesmas capacidades nem os mesmos encargos?
Mas como manter então a igualdade entre homens desiguais? Ou a liberdade entre iguais? O mais forte prevalece, é o que se chama política.
Lei é lei, seja justa ou não. Mas ela não é portanto, a justiça. Não mais a justiça como fato (legalidade), mas a justiça como valor (a igualdade).
Esse segundo ponto concerne à moral, mais que ao direito. Quando a lei é injusta, é justo combatê-la e pode ser justo às vezes, violá-la.
Respeitar as leis, sim, ou pelo menos obedecer a elas e defendê-las. Mas não à custa da justiça, não à custa da vida de um inocente! A moral vem antes, a justiça vem antes, pelo