Analise Daens - Um grito de justiça
Na obra, O manifesto do partido comunista, Marx e Engels afirmam que historicamente sempre existiu a chamada luta de classes e que o capitalismo revolucionou a sociedade feudal. Mas essa revolução não acabou com o antagonismo de classe, apenas o reafirmou ainda mais, contrastando a classe operária com a burguesia. O capitalismo deu origem à indústria moderna, a máquina a vapor e que consequentemente gerou a produção em massa onde a burguesia visa apenas o lucro. O aprimoramento da indústria deixa o salário do proletário cada vez menor, já que o seu trabalho é facilmente substituído por uma máquina.
A revolução industrial trouxe como consequência o trabalho assalariado e inúmeras injustiças no contexto de trabalho infantil e desigualdade salarial entre os sexos. Diante dessa mudança, as pessoas são obrigadas a deixar o campo e trabalhar para as grandes indústrias, assim o artesão que trabalhava no campo, chegará a cidade para ser operário e ganhar um salário apenas para sua sobrevivência.
Analisando o filme: Daens – Um grito de justiça, esse antagonismo de classe é claramente percebido. O filme que retrata a Bélgica no séc. XIX mostra como foi conflitante a transição do feudalismo para o capitalismo mostrando inúmeros casos dessa ruptura na sociedade feudal, como por exemplo, a garota que chega ao óbito por tentar retornar ao campo e sua família quando descobre da sua morte, não dá a devida importância ou respeito à vida, é como se não houvesse nenhum resquício de humanidade nos trabalhadores. Isso pode ser comparado ao que Marx defende quando diz que: “A burguesia rasgou o véu sentimental da família, reduzindo as relações familiares a meras relações monetárias”.
Também é evidente o trecho da Obra em que diz: “O governo do Estado moderno é apenas um comitê para gerir os negócios comuns de toda a burguesia”. Quando o representante de Aalst discute com os burgueses para fixar o salário dos trabalhadores com o intuito