An lise
Gênero: Conto
Narrador: Em terceira pessoa inicialmente. Ao se apresentar o narrador faz uso da ironia, em um trecho diz “Os cavalheiros resolviam os mais árduos problemas do universo”. Descreve o lugar como uma sala pequena, escura, mostrando ao leitor a um ar de mistério. “Estavam nossos quatro ou cinco investigadores”, há certa incerteza do narrador ao qualificar os personagens, assim os igualando, mas acaba por destacar um em especial que estava calado e parecia não estar muito interessado no assunto. A narrativa passa a ser em primeira pessoa quando esse personagem narra um episodio de sua vida, o levando o leitor a ver tudo pela perspectiva do personagem.
Espaço: Santa Tereza (bairro de classe média alta no Rio de Janeiro), final do século XIX.
Foco Narrativo: Acompanha Jacobina
Conflito: O conto começa com uma conversa entre “cavalheiros”. O conflito tem inicio quando os personagens discutem sobre a alma, com opiniões distintas. Um dos personagens pede ao Jacobina alguma opinião. Ele impõe-se e diz que “Se querem ouvir-me calados, posso contar-lhes um caso de minha vida.” Ao iniciar seu discurso causa espanto em seus colegas ao afirmar a existência de duas almas. “Cada criatura humana trás duas almas consigo uma que olha de dentro para fora, outra que olha de fora para dentro”. Para continuar seu discurso o personagem determina que não admite réplica e ameaça deixar o local caso isso aconteça. Usa a metáfora da laranja, as duas partes completam o homem como se a soma formasse o todo, criando assim um conceito de divisão, “Quem perde uma das metades, perde naturalmente metade da existência. (...) A perda da alma exterior implica a da existência interna.” e cita o caso do judeu que perdeu seus ducados e sentiu-se morto por isso. Ele cita exemplos de evolução do valor da alma exterior, como a da senhora cuja alma exterior muda constantemente de acordo com a estação e diz ser o nome dessa senhora Legião e parenta do