América dos Refugiados

América dos Refugiados Segundo o Tratado de Tordesilhas estabelecido por Portugal e Espanha, a América do Norte estava, a princípio, incluída na parte espanhola do novo mundo. Com exceção do México e da Flórida, a Espanha não se aventurou nesse hemisfério, voltando-se apenas para o mercado europeu, baseada no trabalho compulsório dos indígenas. Portanto, o vasto subcontinente do norte, de clima temperado, foi abandonado a aventureiros e refugiados de todo tipo que ali tentassem ficar. Foi para essa região que os ingleses migraram, principalmente por motivos religiosos que marcaram o reino nos séculos XVI e XVII. Os então puritanos perseguidos preferiram fugir da Inglaterra para viver em paz com sua própria religião, ganhando certo estímulo da coroa inglesa, para colonizar o Novo Mundo.

As colônias meridionais As primeiras tentativas de colonização ocorreram ainda no século XVI, quando foram enviados colonos para a baía de Chesapeake, a partir de 1585. A colônia foi chamada de Virgínia, porém, a iniciativa de povoamento não deu certo. Em 1606, foi estimulado o povoamento da mesma região novamente, o que dessa vez deu certo. Ao longo dos séculos XVII e XVIII, outras colônias foram fundadas na região, como a Carolina, a Maryland e a Geórgia. Esse foi o embrião do sul dos atuais Estados Unidos.

Fundação da Nova Inglaterra

A ocupação mais ao norte resultou em um grupo de colônias conhecido como Nova Inglaterra. O momento inaugural foi a famosa viagem dos 101 puritanos, em 1620, insatisfeitos com o anglicanismo da Inglaterra. Fundaram Plymouth e passaram a viver da agricultura, porém com enorme dificuldade. São os chamados "pais peregrinos", os pioneiros da colonização do norte. A partir de 1630, o impulso colonizador da região foi renovado com a criação da Companhia da Baía de Massachusetts, e foram enviados cerca de mil colonos para a Nova Inglaterra. Posteriormente, divergências sobre motivos religiosos levaram grupos de colonos a