Amor liquido: sobre a fragilidade dos laços humanos
Amor liquido: sobre a fragilidade dos laços humanos
BAUMAN, Zygmunt. Amor líquido: sobre a fragilidade dos laços humanos. Trad. Carlos Alberto Medeiros. Rio de Janeiro: Zahar , 2004. 190 p.
No livro Amor liquido: sobre a fragilidade dos laços humanos, o sociólogo Zygmunt Bauman tenta demonstrar porque as relações humanas estão cada vez mais frágeis.
No primeiro capítulo é discutido sobre a capacidade de apaixonar-se e desapaixonar-se diversas vezes. O autor difere amor e desejo onde, o amor se relaciona com a vontade de possuir, de preservar, assumir responsabilidades. Considera que amor é algo único e que cada pessoa ama uma única vez na vida, e para reforçar essa ideia compara o amor à morte que também é um fato único no ciclo de um ser humano. Esta posição tomada pelo autor fica explicita no seguinte trecho “Nem no amor nem na morte pode se penetrar duas vezes” (pag. 9). Enquanto o desejo se liga a necessidade de consumir. Acredita que o desejo seja algo impulsivo, portanto é o oposto do amor, podendo desaparecer com o passar do tempo, “Se o desejo quer consumir, o amor quer possuir [...] se o desejo se autodestrói, o amor se autoperpetua. ”(pag. 13)
No segundo capitulo o tema discutido é a sociabilidade. Bauman parte da ideia de Lévy Strauss que através do encontro entre os sexos surgiu a cultura. Ele defende que o sexo faz parte da base social, pois sempre vai em direção à outra pessoa. Porem houve uma mudança cultural onde a sexualidade não significa somente prazer e felicidade agora é tida como fonte de opressão. Outra consequência dessa mudança esta relacionado com o fato de se ter filhos, o crescimento da família era visto positivamente, pois aumentava a expectativa de bem estar da família e também iriam dar continuidade a família, portanto os filhos eram sinônimo de bons investimentos. Hoje as pessoas se tornaram mais individualistas e formar uma família pode significar a necessidade de deixar de lado suas pretensões pessoais, então