Resenha da obra: Amor Líquido
Márcia Tomazini2
Sandro J. Pereira da Silva3 Na obra Amor Líquido: sobre a fragilidade dos laços humanos, do sociólogo Zygmunt Bauman. O autor disserta sobre os efeitos do que ele chama de modernidade líquida sobre os relacionamentos humanos, procurando demonstrar como o processo de individualização levou a fragilidade dos vínculos humanos.
O livro remete a ideia de formalidade para mediar o público-alvo são acadêmicos, graduandos, professores e críticos do assunto. Foi traduzido em 2004 pela editora Zahar, composto por 4 capítulos, totalizando 185 páginas.
Zigmunt Bauman, polonês e respeitado sociólogo na atualidade, inicia sua obra “Amor líquido” fazendo uma abordagem sobre os relacionamentos e suas implicações na vida humana e na sociedade. Aborda à misteriosa fragilidade dos vínculos humanos, o sentimento de insegurança conflitante de apertar os laços e ao mesmo tempo, afrouxá-los. Essa forma efêmera das relações humanas é a característica essencial da pós-modernidade, em que tudo se torna frágil, duvidoso, frouxo, livre e inseguro (p. 8). Bauman estende o conceito “líquido” para entender toda pós-modernidade e, muitas vezes, é criticado por isto. Todavia, naquilo que diz respeito à obra “Amor Líquido”, o autor consegue resultados consideráveis e, deste modo, ilumina as relações amorosas do século XXI e destaca que a frouxidão é a principal característica de tais relações. Logo nas primeiras páginas desta obra, Bauman deixa claro o objetivo de seu trabalho: “a misteriosa fragilidade dos vínculos humanos, o sentimento de insegurança que ela inspira e os desejos conflitantes de apertar os laços, e ao mesmo tempo mantê-los frouxos” (p. 8). A fragilidade dos vínculos humanos são mistérios conflitantes e inseguros na medida em que o homem contemporâneo está abandonado ao seu próprio aparelho de sentido, de modo que tal aparelho tem, ao mesmo tempo, grande facilidade de conceder e descartar