Almícar de Castro
À frente do seu tempo
São Paulo
2013
Introdução
Almicar de Castro (1920/2002) conseguiu provar para o Brasil que Minas Gerais não é apenas a terra da boa culinária. Um artista originalmente mineiro mostrou para o mundo a que veio, revolucionando o mundo do designer em sua época. Muito à frente de seu tempo, Almicar de Castro foi professor, escultor, desenhista, diagramador, cenógrafo, escultor e gravador, sempre utilizando a tridimensionalidade como mote principal de suas obras. Sua dedicação foi reconhecida no Brasil e no exterior e, graças a ela, hoje o Brasil pode se orgulhar de seu legado.
Biografia
Amilcar de Castro (Paraisópolis/MG, 1920 - Belo Horizonte/MG, 2002)
Amilcar Augusto Pereira de Castro muda-se com a família para Belo Horizonte em 1935 e estuda na Faculdade de Direito da Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG de 1941 a 1945. A partir de 1944, frequenta curso livre de desenho e pintura com Guignard (1896 - 1962) na Escola de Belas Artes de Belo Horizonte e estuda escultura figurativa com Franz Weissmann (1911-2005).
No fim da década de 1940, assume alguns cargos públicos que logo abandona, assim como a carreira de advogado. Paralelamente, em seus trabalhos dá-se a passagem do desenho para a tridimensionalidade. Em 1952, muda-se para o Rio de Janeiro e trabalha como diagramador em diversos periódicos, destacando-se a reforma gráfica que realizou no Jornal do Brasil.
Depois de entrar em contato com a obra do suíço Max Bill (1908-1994), realiza sua primeira escultura construtiva exposta na Bienal Internacional de São Paulo em 1953. Neste mesmo ano, inicia a carreira de diagramador, atuando nas revistas “A Cigarra” e “Manchete”, influenciado pelo trabalho de Max Bill, cuja obra conhecera na II Bienal de São Paulo. Participa de exposições do grupo concretista no Rio de Janeiro e em São Paulo em 1956. Assina o Manifesto Neoconcreto em 1959. No ano seguinte, participa em Zurique