Allium cepa
A utilização de plantas medicinais é uma prática generalizada na medicina popular. É o resultado do acúmulo secular de conhecimentos empíricos sobre a ação dos vegetais por diversos grupos étnicos (Simões et al., 1998). As plantas medicinais e suas formas derivadas (extratos, xaropes, etc.) constituíram durante séculos a base da medicina terapêutica. O emprego correto de plantas para estes fins pela população em geral, requer o uso de plantas medicinais selecionadas por sua eficácia e segurança terapêutica, baseadas na tradição popular ou cientificamente validadas como medicinais (Lorenzi e Matos, 2002). Avaliar o papel antigenotóxico de extratos de plantas, de infusões e dos principais componentes fitoquímicos é de suma importância, visto que substâncias antimutagênicas presentes em algumas plantas já mostraram ajudar na prevenção de câncer e outras doenças (Nishino, 1998; Berhow et al., 2000, Surh & Ferguson,2003, Patel et al., 2007). Assim, estudos de genotoxicidade e antigenotoxicidade podem ajudar a avaliar a segurança e a efetividade de muitas plantas utilizadas na medicina popular. Melissa officinalis, também conhecida como erva-cidreira, é uma planta usada como aromatizante de alimentos e para fins medicinais. As suas folhas e inflorescências são empregadas na forma de chá como calmante nos casos de ansiedade e insônia e também como medicação contra cefaléias, enxaqueca, problemas digestivos, dores de origem reumática e para normalizar as funções gastrintestinais (Simões et al., 1998; Lorenzi e Matos, 2002). Na sua composição química é registrada a presença de óleo essencial e taninos, além de ácidos triterpenóides e flavonóides. Os taninos são derivados dos ácidos rosmarínico e cafeico (Simões et al., 1998; Lorenzi e Matos, 2002). Avaliar o papel antigenotóxico de extratos de plantas, de infusões e dos principais componentes fitoquímicos é de suma importância, visto que substâncias antimutagênicas presentes