ALFABETIZAÇÃO
INTERSEÇÕES PARA O ENSINO E A APRENDIZAGEM DO LER E DO
ESCREVER
Elisabete Reis Leite dos Santos bebel-ps@hotmail.com Sapiens Faculdade de Ciências Humanas/UNASUR - Universidad del Sur
Iramar Lage Santos
Universidade Estadual de Santa Cruz – UESC iramarls@hotmail.com A discussão sobre a alfabetização vem sendo realizada de forma cada vez mais intensa. Nos anos 80 as pesquisas, com a perspectiva da psicogenética da aprendizagem da língua escrita, divulgada pela obra de Emilia
Ferreiro, sob a denominação de “construtivismo”, trouxe uma significativa mudança de pressupostos, objetivos e praticas na área da alfabetização. Estes estudos alteraram a concepção do processo de aprendizagem do sistema de escrita e o correlacionou com as práticas efetivas de leitura e de escrita
(FERREIRO, 2006), mostraram que as crianças enfrentam questões de ordem conceitual e não apenas de transcrição dos sons, de memorização de letras, de percepção sonora das palavras ou de técnicas de grafia. Essa mudança de paradigma permitiu identificar e explicar o processo através do qual a criança constrói o conceito de língua escrita como um sistema de representação dos sons da fala por sinais gráficos, isto é, o processo através do qual a criança se torna alfabética, e, por outro lado, e como consequência, sugeriu as condições em que mais adequadamente esse processo se desenvolve, na medida em que revelou o papel fundamental que tem, para a conceitualização da língua escrita. Entretanto, estar alfabetizado não é apenas saber ler e escrever, na perspectiva da
codificação
e
decodificação.
O
sentido
ampliado
da
alfabetização, o letramento, designa práticas reais de leitura e escrita, pois a entrada da pessoa no mundo da escrita se dá pela aprendizagem de toda a
complexa tecnologia envolvida no aprendizado do ato de ler e escrever, não basta apenas estar alfabetizado, é preciso que o educando também seja letrado. Letramento é o estado