alfabetização
Surge cada vez com mais força, no contexto das organizações da sociedade civil, a idéia de levar a tecnologia digital ao alcance da sociedade. Geralmente desenvolvidas através de cursos para pessoas de baixa renda, essas iniciativas se fizeram conhecidas pelo nome de inclusão digital, sendo pensadas e implementadas diante da constatação de uma desigualdade social e econômica que será agravada se não contemplar uma parcela significativa da sociedade no contexto das novas tecnologias de informação e comunicação. O que esses projetos possibilitam, portanto, na medida de suas possibilidades, é a diminuição das disparidades sociais entre aqueles que têm acesso a essa tecnologia e aqueles que passam a ter acesso não só à informática, como também à Internet.
Segundo Jorge Thadeu Sampaio (2003) – Coordenador do Sampa.org – um projeto de inclusão digital do Instituto Florestan Fernandes, em São Paulo – as iniciativas de inclusão digital são aquelas que visam oferecer à sociedade “os conhecimentos necessários para utilizar com um mínimo de proficiência os recursos de informática e de telecomunicações existentes e dispor de acesso físico regular a esses recursos”. A inclusão digital se assemelha, portanto, à idéia de alfabetização digital, numa equivalência com a perspectiva da alfabetização no processo de inclusão social, voltando o foco para aqueles que também se encontram no próprio contexto de exclusão social, acrescentando a temática da tecnologia digital no sentido de somar esforços para atenuar essa diferença.
Em 11 de abril de 2003, por ocasião da divulgação do Mapa da Exclusão Digital, iniciativa do Comitê pela Democratização da Informática – CDI e do Centro de Políticas Sociais da Fundação Getúlio Vargas, com o apoio da Sun Microsystems (empresa norte-americana produtora de equipamentos de informática) e pela USAID (agência do governo norte-americano), o Caderno