Alfabetização
Teorias construtivistas ou método fônico? Educadores se dividem em duas correntes na defesa do que acreditam ser a melhor maneira de alfabetizar no Brasil Apesar de Cuba viver cerceada de liberdade sob a ditadura do comandante Fidel Castro, aquela ilha caribenha com belas praias vem mostrando ao longo dos tempos que não são apenas sua economia em completa decadência e a consequente falta de recursos da população que merecem notícia. É inegável que a mão de ferro do regime socialista ali implantado gerou - e continua gerando - produtos de exportação dignos de reverência e aplauso até dos mais ferrenhos opositores de Fidel: conceituados charutos, rum de altíssima qualidade. Além disso, seu sistema educacional tem servido de inspiração e motivo de pesquisas a muitos educadores e governantes ao redor do mundo.No Brasil, a experiência cubana no que diz respeito à alfabetização de jovens e adultos mereceu um teste. Implantado no Piauí após acordo firmado em 2005 entre o Ministério da Educação (MEC) e o governo de Cuba, o método foi aplicado para os moradores de três municípios do Estado (Murici dos Portelas, Caxingó e Buriti dos Lopes). O programa, encerrado recentemente e ainda em fase de avaliação, utiliza o sistema de ensino denominado Sim, Eu Posso, de concepção fônica, priorizada hoje em vários países desenvolvidos.A idéia do então ministro Tarso Genro era a de gradativamente adotá-lo como parâmetro em todo o país. Tal iniciativa causou espanto, especialmente entre os defensores do construtivismo, a teoria que, de forma geral, tem servido de base para a maioria dos alfabetizadores brasileiros, nas redes pública e privada. O resultado não poderia ser diferente: o fato virou pano de fundo de uma imensa polêmica em torno de qual é o melhor caminho a seguir quando o assunto é ensinar a ler e escrever a língua, seja para crianças ou jovens e adultos.Revisão do processo - Sobram argumentos tanto de um lado quanto de outro. E, ao que tudo indica,