Alfabetização cartográfica
De maneira geral nos deparamos com novas maneiras de encarar a alfabetização (pensada em seu sentido amplo), ou seja, não pensamos mais em uma mera e simples alfabetização, mas sim, em leiturização, pois os métodos até hoje utilizados demonstram incapacidade na formação de leitores. Pensando na leitura e escrita o ato de ler, verdadeiramente, cria autonomia na escrita como processo cognitivo e favorece a criação de pensamentos, porém estar alfabetizado não significa estar letrado. Os somente alfabetizados são excluídos culturalmente, pois se tornam meros decodificadores e não verdadeiros leitores. O mesmo acontece relacionado à alfabetização cartográfica exposta pela autora no artigo em questão, trazendo a ideia de que a leitura da linguagem gráfica e cartográfica necessita muito mais do que a mera decodificação dos símbolos. Segundo a autora alfabetização cartográfica estaria ligada a simples decodificação de símbolos e atributos do mapa como, por exemplo, a legenda (alfabeto cartográfico: convenções cartográficas e uma gramática gráfica). Ressaltando a importância de se utilizar todo o potencial dos mapas atribuindo-lhes significado. A leiturização cartográfica seria, por sua vez, o domínio do alfabeto cartográfico e suas convenções, todavia, não poderá se resumir a isso, deverão ir além, focando no domínio de um conjunto de habilidades, noções, conceitos e informações ligadas a uma leitura geográfica da realidade através dos mapas. Não fica, portanto, na ideia da mera decodificação das convenções cartográficas, é além de decodificar o “alfabeto cartográfico”, também criar significados para aquela realidade que está sendo ou foi cartografada, é tentar conhecer determinada realidade de forma indireta (leitura geográfica da realidade). Concluindo, saber “decifrar” não é saber ler um mapa é necessário que haja leiturização cartográfica e