Alergia alimentar
Rio de Janeiro
2012
I. INTRODUÇÃO
A alergia alimentar é uma reação adversa à proteína alimentar caracterizada por uma reatividade imunológica anormal em pacientes predispostos geneticamente. A resposta imunológica gera uma variedade de sintomas e manifestações clínicas expressas em diversos sistemas orgânicos, tais como pele, trato respiratório e gastrointestinal. A identificação e a eliminação da proteína alergênica da dieta devem levar a resolução dos sintomas.
É muito difícil estabelecer a verdadeira incidência e prevalência de alergia alimentar, pois, infelizmente, até o momento não existe nenhum método simples e objetivo para a confirmação da alergia alimentar. Existe uma grande variedade de sinais e sintomas associados à alergia alimentar e diversos testes laboratoriais têm sido propostos par avaliação deste problema. Porém, o diagnóstico da alergia alimentar tem sido feito através do teste de provocação oral que é considerado padrão ouro.
Os alimentos mais frequentemente envolvidos são o leite de vaca, ovo, trigo e soja sendo responsáveis por 90% dos casos. Entretanto, qualquer alimento pode determinar manifestações alérgicas, mas, tanto o potencial alergênico intrínseco, quanto o consumo podem modificar a frequência das manifestações alérgicas nas diferentes faixas etárias ou grupos populacionais. Assim, o leite de vaca é o alimento mais associado a manifestações alérgicas em crianças, mas ocupa o quinto lugar em adultos, seguindo-se em ordem de importância os ovos, peixes, mariscos e aipo.
De acordo com hábitos de consumo alimentar observam-se diferentes incidências de manifestações alérgicas aos alimentos. No Japão, por exemplo, é comum a alergia à soja, enquanto que na Suécia e Finlândia são mais frequentes as alergias a peixe e frutas cítricas e nos Estados Unidos a alergia ao amendoim.
II. PATOLOGIA DAS ALERGIAS ALIMENTARES