INTRODUÇÃO O autor apresenta neste capítulo a organização através da metáfora das prisões psíquicas. O objetivo é apresentar relações entre as ações dos membros de uma organização e os processos inconscientes para permitir o questionamento da realidade, compreender as ações e as atitudes dos membros da organização de um modo mais esclarecido, além do tema da cultura organizacional compartilhada. Para introduzir o tema tão abstrato o autor retoma Platão em o ³Mito da Caverna´ que relaciona a realidade, a percepção fragmentada dela (mundo das aparências) e a conquista do conhecimento. A alegoria pode ser utilizada, por exemplo, para explicar a tão recorrente resistência às mudanças nas organizações, o medo do novo e a não aceitação da ruptura com antigas crenças .MORGAN considera que apesar de as organizações serem realidades socialmente construídas, isto é, a própria organização com seus símbolos e significados serem criados e mantidos pelos homens, ainda assim apresentam existência e poder próprios. A ideia de prisão, cadeia, vem do entendimento de que o modo de organizar-se e os comportamentos dos indivíduos são moldados não somente pelo ambiente e pelas relações interpessoais: é preciso considerar que os processos inconscientes permeiam o pensar e o agir dos indivíduos, modelando seus comportamentos. O autor exemplifica com três situações em que os indivíduos caem em armadilhas postas por eles mesmos, são situações de aprisionamento a raciocínios assumidos. O primeiro exemplo, Aprisionados pelo sucesso, remete ao comportamento previsível daqueles que estão tão confiantes em suas próprias ações que deixam de considerar outros fatores de ameaça como um potencial concorrente ou um novo segmento de mercado promissor. O segundo exemplo, Aprisionados pela acomodação organizacional apresenta casosem que uma política da organização não é questionada por que foi ³dada´ como a melhor prática e os indivíduos acomodam-se com essa ideia. Aprisionados pelo pensamento de