Alcool ao volante

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Alcool ao volante

O trânsito brasileiro pode ser comparado a uma guerra, pela quantidade de mortos e feridos que produz. E pior, a maioria dos acidentes é provocada por 'fogo amigo': é o motorista que atira contra o próprio patrimônio — no caso, ele mesmo, amigos e familiares — ingerindo bebidas alcoólicas ou usando drogas antes de dirigir.
Uma pesquisa da Fundação Oswaldo Cruz, no Rio de Janeiro, feita em parceria com o hospital Miguel Couto, levantou que cerca de 30% das vítimas de acidentes de carro que deram entrada no hospital tinham bebido ou se drogado.
Pela mesma pesquisa, usada como referência por aquele hospital, nada menos que 55% de todos acidentes com carros provocados por bebidas ou drogas aconteceram nas noites de sexta-feira, sábado e domingo.
É possível concluir que os acidentes ocorrem com mais freqüência quando as pessoas saem de bares, festas ou boates, mas o difícil é transformar o resultado final em números. Não há no país grandes estatísticas sobre vítimas de acidentes de trânsito. Desta forma, é impossível levantar o número real de mortos e feridos por causa da associação de álcool ou drogas com automóveis.
'É uma epidemia e não há dados concretos. A polícia, por exemplo, só costuma computar a morte provocada por acidente de trânsito quando ela acontece no local. Se ocorrer depois, não é registrada como conseqüência do acidente', explica o médico Dirceu Rodrigues Alves, da Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (Abramet).
A embriaguez é a principal causadora de acidentes de automóveis apontada pelos médicos. Eles estimam que, para cada pessoa que é atendida por causa de acidentes de trânsito, três nem chegam aos hospitais. Isso porque não se machucaram, tiveram lesões leves ou, simplesmente, morreram no local.
'E, como os acidentes por causa de bebidas ou drogas costumam ser muito violentos, dois de cada dez pacientes que são atendidos têm lesões irreversíveis, mesmo passando por trabalhos de reabilitação.
O álcool

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