Agências de risco

Agências de Risco
As agências de classificação de risco surgiram em 1850 com a expansão dos títulos de dívidas das companhias ferroviárias norte-americanas. Antes desse período, os mercados de capitais eram compostos por títulos soberanos de alguns países europeus, como Holanda e Inglaterra, a quem os investidores locais confiavam para emprestar dinheiro.
O crescimento do mercado de títulos corporativos gerava novas demandas, os investidores europeus exigiam ter mais detalhes sobre as informações de crédito das companhias a que estavam sendo convidados a investir em escalas sem precedentes. Os meios tradicionais de obter informações como relações familiares, de negócios e bancarias já não eram mais suficientes. Os investidores demandavam informações independentes, provindas de terceiros nas quais pudessem basear suas decisões de investimentos.
Em resposta a essa nova demanda do mercado, o investidor Henry Varnum Poor passou a publicar informações sobre as propriedades das companhias, seu ativos, passivos e receitas. Suas publicações se tornaram tão populares entre os investidores que na segunda metade do século XIX, Poor criou a Poor's Manual of lhe Railroads of lhe United States, que foi a mais reconhecida fonte de informações da indústria ferroviária durante décadas. Foram essas estatísticas as precursoras do atual modelo de classificação de risco.
Segundo dados históricos da própria agência, em 1909, John Moody desenvolveu as informações de crédito e passou a atribuir uma classificação de risco de crédito aos títulos, publicando uma opinião sobre a condição de solvência dos títulos de dívida das companhias ferroviárias, que deu base para a criação da agência Moody´s. Suas opiniões eram baseadas em diversas informações sobre as companhias e sobre o setor, além de rigorosas analises. O manual de Poor passou a fazer a mesma classificação em 1922, e anos depois, em 1941, se uniu a outra companhia de consolidação e classificação de risco de crédito a Standard