Agrotoxicos
APRESENTAÇÃO
La Rochefauld dizia que para o sol e para a morte não se podia olhar de frente. De fato, ao procurarmos encarar a morte, o efeito mais imediato parece ser a cegueira diante do sem-sentido. De uma ou outra forma, somos conduzidos ao estupor que acompanha as miragens e nos vemos enredados em nossos próprios mitos.
O tema do suicídio, por consequência, não poderia ser, jamais, um tema simples. Mas o que dizer quando em determinada região há um índice extraordinariamente mais elevado de suicídios do que em outras? O que dizer quando ficamos sabendo que esta taxa é uma das mais altas do mundo, se não a mais alta em todo o mundo? Parece evidente que estamos diante de um fenômeno que merece ser estudado. Este é, precisamente, o caso da região de Venâncio Aires no Estado do Rio Grande do Sul, Brasil.
O texto a seguir foi produzido para o RELATÓRIO AZUL da Comissão de Direitos Humanos da Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul, e é o resultado da obstinação de uma jovem pesquisadora que se associou à experiência e a capacidade de um dos nossos mais renomados ambientalistas e ao conhecimento técnico de um médico, professor universitário, e de um bioquímico com mestrado em epidemiologia. Todos estão firmemente decididos a prosseguir com os estudos necessários ao exame da matéria o que só será possível na medida em que houver algum tipo de apoio. Neste sentido, solicitamos a atenção do poder público e das entidades não-governamentais (ONGs) nacionais e internacionais e, fundamental-mente, daquelas comprometidas com a luta pelos Direitos Humanos, para que se somem aos esforços de financiamento da seqüência desta linha de pesquisa.
Deputado Marcos Rolim
Presidente da Comissão de Cidadania e
Direitos Humanos da Assembléia Legislativa - RS
SUICÍDIO E DOENÇA MENTAL EM VENÂNCIO AIRES - RS:
CONSEQÜÊNCIA DO USO DE
AGROTÓXICOS ORGANOFOSFORADOS?
Relatório Preliminar de Pesquisa