Agressividade: Por que as crianças de hoje estão tão agressivas?
Falar sobre agressividade não é uma tarefa muito fácil, pois envolve vários fatores que vão influenciar no desenvolvimento de um indivíduo. Pois segundo Freud quando formulou sua segunda teoria pulsional, a agressividade foi reconhecida como uma pulsão específica, e passou a funcionar como o outro nome dos impulsos da pulsão de morte, cuja finalidade é a destruição: “[...] existem essencialmente duas classes diferentes de pulsões: as pulsões sexuais, compreendidas no mais amplo sentido – Eros – se preferem esse nome – e pulsões agressivas, cuja finalidade é a destruição” (FREUD, 1933 [32], p. 129).
Entretanto Freud afirma que:
A agressividade compõe o psiquismo e é manifestação da pulsão de morte, contraposta à pulsão sexual ambas exigindo um arranjo subjetivo entre o eu e o supereu, o qual tem que dar conta do circuito pulsional ao peso de ideais identificatórios da cultura. A cultura impõe restrições à agressividade, e a sexualidade é uma dessas barricadas contra os desejos de destruição, seja pensada em termos de fusão pulsional, seja como uma formação defensiva (FREUD, 1930, p. 134).
Por outro lado Freud afirma que, a agressividade é um fator de ameaça à cultura imposta pela sociedade por produzir um mal-estar nos seres humanos porque obriga que renunciem às suas satisfações para o bem estar da própria sociedade e em “O Mal-Estar na Civilização”, Freud reconhece que a agressividade, inata no indivíduo, é o principal fator de ameaça do homem à vida em sociedade e afirma que “se a civilização impõe sacrifícios tão grandes, não apenas à sexualidade do homem, mas também à sua agressividade, podemos compreender melhor porque lhe é difícil ser feliz nessa civilização” (FREUD, 1930, p.72).
Desta forma a agressividade esta presente intrinsecamente no indivíduo podendo se manifestar em todas as esferas sociais em que ele estar inserido, tanto na família como na escola como e podendo ser