Agente de transito
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25 Segundo as estatísticas, até o início do século passado, um brasileiro que chegasse aos 40 anos tinha menos de uma década de vida pela frente. Hoje, é provável que um brasileiro com 40 anos viverá, pelo menos, mais trinta. A população brasileira com mais de 65 anos representava menos de 3% do conjunto de habitantes em 1960. Atualmente, tal população passa de 5%. Estima-se que em um futuro breve, os idosos formarão um grupo mais populoso que o de crianças. Vê-se que o país jovem já não está tão jovem assim. E o Brasil vem se preparando de forma adequada para enfrentar essa transformação?
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O amadurecimento da sociedade produziu mudanças significativas ao redor do mundo. A mais direta delas é a maneira como as pessoas lidam com o dinheiro.
Os indicadores mostram que nunca se poupou tanto quanto agora, como forma de garantir uma velhice mais bem assistida. Outra modificação importante que independe de fronteiras se deu na indústria farmacêutica. Os laboratórios passaram a destinar mais recursos a pesquisas sobre drogas contra doenças típicas da velhice, como o mal de Alzheimer. Essas são as notícias positivas.
Ocorre, no entanto, que, com o esticamento da terceira idade, há uma falsa boa notícia que, mais cedo ou mais tarde, revelará sua face negativa. Ela diz respeito ao equilíbrio das contas da Previdência. Até a década de 60, para cada brasileiro aposentado havia outros oito trabalhando, ou seja, oito contribuíam para que um se beneficiasse. Hoje, a relação é de dois para um. Muita gente acha que esse equilíbrio é algo distante do cotidiano das pessoas – coisa de burocrata!, dizem - , mas ele não deve ser visto dessa forma. Para