Adubação dos viveiros de larvas de peixe
A adubação em viveiros visa promover o desenvolvimento de bactérias e do fitoplâncton, que serviram de alimentos aos protozoários e rotiferos, que são os primeiros alimentos das pós-larvas de muitas espécies de peixes.
O zooplâncton é o principal alimento durante as primeiras fases de desenvolvimento das pós-larvas e dos alevinos. Portanto, implementar uma adequada adubação, combinando fertilizantes orgânicos e químicos, é fundamental para estimular o estabelecimento de toda essa cadeia alimentar descrita e possibilitar o rápido desenvolvimento das pós-larvas e dos alevinos.
Uma das diversas estratégias utilizadas para adubação,que tem possibilitado a obtenção de bons resultados com grande regularidade em deveras fazendas de produção de alevinos de peixes nativos no Brasil, é proposta a seguir.
Adubação inicial
O piscicultor deve fazer uma adubação inicial com 10kg de farelo de arroz 3Kg de uréia por 1000m², aplicados por todo o viveiro,com o fundo do mesmo já coberto por uma lâmina de água .Na impossibilidade de conseguir farelo de arroz outros farelos podem ser utilizados.
A uréia ajuda a estimular um rápido crescimento de fitoplâncton.Mas não pode utilizar fertilizantes na forma amoniacal pois eles liberam amônia diretamente na água.
Comparados aos estercos animais os farelos são mais fáceis de armazenar e utilizar, não exalam cheiro desagradável,causa menor impacto na qualidade da água ,são mais eficientes no estimulo da produção de zooplâncton e apresentam resultados mais consistentes.
Doses elevadas de estercos são tradicionalmente empregadas na maioria das estratégias de adubação de viveiros, isso resulta em baixo oxigênio dissolvido nos primeiros dias, se as pós-larvas forem estocadas após uma semana para fugir da baixa quantidade de oxigênio,terão que enfrentar oscilações bruscas no oxigênio e altos valores de pH.
O uso de fertilizantes fosfatados deve ser evitado ou minimizado, pois os farelos e as rações contêm