Adoção
Vera Engler Cury
Um conjunto de atitudes ao abordar os problemas de natureza emocional desenvolvido pela Abordagem centrada na pessoa em suas múltiplas aplicações desde a psicoterapia individual, passando pelos pequenos grupos intensivos até os surpreendentes encontros de comunidades gerou também esta perspectiva de pronto atendimento psicológico que ao longo desde capítulos compartilhamos. E é esta mesma vinculação aos pressupostos teóricos – filosóficos da psicologia HUMANISTA através de um dos seus mais ilustres expoentes, Dr. Carl Rogers, quem tem possibilitado o processo genuíno de troca de experiências, gerando afinidades, a despeito das diferenças quanto a contextos e propostas numa realidade sócio – cultural que nos instiga, a despeito de toda a perplexidade.
Respeitosamente, os plantonistas aguardam por seus clientes, sem saber quem serão, o que os trará, como ajudá-los. Quando chegam, repetem um encontro feito de apertos de mão, olhares, conversas e assim, despretensiosamente, atitudes simples de acolhimento trazem de volta a magia dos rituais: de homens primitivos ao redor de fogueiras ancestrais ate a comovida simplicidade deste momentos refazem-se os elos históricos de nossa humanidade de processo de vida. Esta são horas solenes porque nos tornam a todos mais humanos e este mesmo ritual que ao ser reencenado perpetua valores e crenças, paradoxalmente tem o dom de transformá-los. E desta mesma sociedade exaurida por números conflitos, sacudidas por atos violentos, por vezes tão injustas com as minoria e tão complacentes com os tiranos, surgem ainda idéias, “sonho de um mundo mais livre e uma psicologia mais justa”.
Não devemos ingenuamente negligenciar tal alerta; o psicólogo plantonista deve responsabilizar-se pela forma como as diversas instituições compreendem e inserem o serviço do plantão psicológico, mantendo para tanto a necessária lucidez quanto a ideologia vigente impedido que esta pratica