Adoção

SUMÁRIO

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1. INTRODUÇÃO

Até bem pouco tempo, o assunto adoção era sussurrado e não pronunciado em voz alta em nossa sociedade. Ser tido como adotado era visto como ofensa, frente ao despreparo do tema diante das famílias e da sociedade em geral. Há existência de preconceito dificultava o processo de adoção. Se de um lado existia a família com interesse em adotar, porém devido à existência do preconceito muitas vezes deixavam de lado esse querer, do outro, existia um ser humano que apenas possuía o desejo de fazer parte de uma família.
Esse quadro foi minimizado nos últimos tempos. A Constituição de 1988 tomou medidas necessárias em relação aos direito do filho adotivo versus aos do filho biológico, incluindo a proibição de quaisquer discriminações a respeito da filiação. No ano de 1990 o Estatuto da Criança e do Adolescente regulamentou a adoção, onde importantes inovações facilitaram o processo.
Preconceito e questões Jurídicas à parte entra em discussão outro tema de vital importância: a questão psicológica e emocional tanto da família que adota quanto do adotado. Sabemos que a adoção é um ato de amor, desejo de um casal em constituir família onde fará parte um ser que ira devolver todo o amor dado por eles. Porém, existem dificuldades emocionais e psicológicas tanto da família que irá receber o novo membro, quanto por parte dele em ser incluído nesse novo ambiente. Diante da nova realidade, das experiências anteriores de cada e do novo ambiente familiar que está diante deles, pais e adotado iniciam um trabalho pela busca do equilíbrio emocional. Angústias e anseios impõem a necessidade de construção de novos investimentos afetivos.
O termo orfanato não é muito utilizado atualmente, devido ao grande número de crianças abandonadas e afastadas de suas famílias biológicas, pelos mais diversos motivos, mas principalmente pela violência doméstica. São os chamados “órfãos de pais vivos”. Muitas destas crianças e adolescentes vivem