Como é que Aristóteles explicava o movimento
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Como é que Aristóteles explicava o movimento? Para Aristóteles existem dois tipos de movimento, o que atinge os acidentes (lugar, quantidade e qualidade) e o que atinge a própria substância dos seres. O primeiro tipo de movimento é chamado de “kinesis” e não altera a identidade do “Ser” que permanece o mesmo durante o “movimento”. O segundo movimento alteraria o ser permanente e geraria um novo. Entre o estudo de movimento e identidade, Aristóteles criou a noção de potência e ato. Tendo em conta as suas ideias ocorre uma transformação da matéria, uma mudança de forma que, enquanto realizada é chamada ato e a matéria antes do ato é chamada de potência. Segundo Aristóteles, o ato consiste na existência de uma coisa, não no sentido em que se diz que é potencial. É a atualidade de uma matéria, isto é, sua forma num dado instante do tempo. O ato é a forma que atualiza uma potência contida na matéria, é toda a realidade que, como forma, tem como característica ser determinado, finito, perfeito, completo. Por exemplo, a árvore é o ato da semente, o adulto é o ato da criança, a mesa é o ato da madeira etc. Para Aristóteles todos os corpos celestes no Universo possuíam almas, ou seja, intelectos divinos que os guiavam ao longo das suas viagens, sendo portanto estes responsáveis pelo movimento do mesmo. Existiria então, uma última divindade, responsável pelo movimento de todos os outros seres, uma fonte universal de movimento, que seria, no entanto, imóvel. Todos os corpos deslocar-se-iam em função do amor. Aristóteles nunca relacionou o movimento dos corpos no Universo com o movimento dos corpos da Terra.