universo aristòtelico

Se observarmos o céu, veremos que algumas coisas, aparentemente, não mudam e que diversos eventos ocorrem sempre da mesma maneira. O exemplo mais simples disso é o Sol, que se levanta toda manhã, no lado leste do horizonte, e se põe do lado oposto, a oeste, no final da tarde. Qualquer pessoa estranharia muito se um dia acordasse cedo e visse que, por algum motivo, o Sol não nasceu! Isso provavelmente teria conseqüências trágicas.
Sabemos que esse movimento do Sol é aparente, pois é a Terra quem está girando em seu constante movimento de rotação. Além disso, muitas outras coisas sobre o céu são conhecidas. Aprendemos que a lua cheia aparece a cada 28 dias, tempo que ela demora para completar um ciclo ao redor da Terra, que a distância entre as estrelas no céu praticamente não muda e que outros planetas, além da Terra, giram em torno do Sol.
A regularidade de certos acontecimentos e a presença constante dos mesmos objetos celestes fez com que diferentes pensadores, das mais diversas culturas e épocas, buscassem criar modelos completos em que todos esses fenômenos observados no céu fossem explicados. Isso quer dizer que esses homens buscavam decifrar como o Universo funciona, em toda a sua extensão, e como ele é organizado. Poderíamos citar muitos exemplos que incluem sábios de origem indiana, árabe, chinesa, etc, mas iremos apenas apresentar brevemente o modelo de cosmos apresentado pelo filósofo grego Aristóteles (384 à 322 a.C.) como um exemplo de organização do Universo diferente da atual, elaborado há muito tempo.
Para ele, o Universo era finito, isto é, existia somente em uma região limitada do espaço. Esse “lugar” onde tudo ocorria deveria ter uma forma esférica, como uma bola. No entanto, diferentemente de uma bola de futebol que dentro tem somente ar, nosso Universo, para Aristóteles, era formado de uma série de esferas umas dentro das outras, como uma cebola, que é formada de várias camadas.
No centro do Universo estava nosso planeta Terra, que sempre